sexta-feira, 22 de julho de 2011

As Cocadas

    Eu devia ter nesse tempo dez anos.Era menina prestimasa e trabalhadeira à moda do tempo.
   Tinha ajudado a fazer aquela cocada.Tinha areado o tacho de cobre e ralado o coco.acompanhei rente à formalha todo o serviço,desde a escumaçao da calda até a apuraçao do ponto.Vi quando foi batida e estendida na tábua,vi quando foi cordada em losangos.saiu uma cocada morena, de pondo brando,atravessada de paus de canela cheirosa.O coco era gordo,carnudo e leitoso,o doçe fixou exelente.Minha prima me deu duas cocadas e guardou tudo mais numa terrina grande,funda e de tampa pesada.Botou no alto da prateleira.
   Duas cocadas só...Eu esperava quatro e comeria de uma assenrada oito,dez,mesmo. Dias seguidos namorei aquela terrina, inacessível de noite, sonhava com as cocadas. De dia as cocadas dançavam pequenas piruetas na minha frente. Sempre eu estava por ali perto, ajudando nas quitandas, esperando, aguando e de olho na terrina.
   Batia os ovos, segurava a gamela, untava as formas, arrumava nas assadeiras, entregava na boca do forno e socava cascas no pesado almofariz de bronze.
   Estávamos nessa lida e minha prima precisou de uma vasilha para bater o pão de ló

terça-feira, 19 de julho de 2011

memórias

  Nas memórias literarias,o que é contado não é realidade exata .A realidade da base ao que esta sendo escrito,mas o texto também traz boa doze de inventividade.
  Algumas marcas comum:
-Verbos que remetem ao passado,como "LEMBRAR","REVIVER"

-Palvras utilizadas na época evocada,como"vitrola","fletar"

-Expressoes que ajudam a localizar o leitor na época narrada,como"naquele tempo"